16 de novembro de 2012

de rogado - Dante Felgueiras



banheiro arquitetado
sem parede nem teto.

me banho neste prisma
estranho, sem fundo.
                                   nu,
como vim ao mundo.

caixa vítrea,
embaça o vapor.
do outro lado,
um corpo curvo, vago,
turvo, sussurra:
    amor...      amor...

duas sílabas bastam.
sem acordo, acordo.


(um poema baseado em sonho próprio)

Nenhum comentário:

Postar um comentário