(vai além de motes triviais que eclodem de decotes)
no velho casario de calçada estreita
miro-a na janela
a moça da novena
filha de Maria
chama acesa vela
sopra-a quem desvia
nega o que diz, mente
a tal que se diz pia
santa qual rameira
é Tieta bela, da que se disputa
gume cego é corte
pra quem diz afia
como a mãe viúva
da que foi donzela
é Tieta puta
da que se revela
só se dá novelo
a quem se diz fia
a que se diz fruta
como a da janela
(Celso Ribeiro)
Celso,
ResponderExcluirCurtindo tua poética aqui no Escritores na Oficina.
Neste muitos achados: disputa, moça da novena filha de Maria,vela sopra-a quem desvia. Diz afia, muito bom !
Todo poema vai além de motes triviais que eclodem de decotes.
Me diga, o que quis dizer com "a tal que se diz pia"?
Não sei se alcancei.
Beijos,
Anna Amorim
Anna, obrigado querida!
ResponderExcluirMinha intenção foi dar sentido de piedosa e despida.