BARRA
[do livro “Cais” de Alberto Martins, Ed. 34]
Por
aqui ainda se morre
de simples destempero
de simples destempero
basta
ignorar as lajes
o vento
o vento
basta
romper a barra
em hora estreita:
em hora estreita:
vais
pescar em águas turvas
ao som de nenhuma sereia.
ao som de nenhuma sereia.
Amigos,
ResponderExcluirexercício para sábado. ler, analisar e interpretar o poema acima.
vamos falar sobre análise e interpretação de poesia nesse sábado.
até lá.
Poxa, Edson, aí é sacanagem porque você é de Ilhéus, em matéria de mar a gente está muito em desvantagem rs.
ResponderExcluirBom, da forma como eu percebi: uma morte "estúpida", de alguém que, ignorando o vento e as pedras de determinada praia, e abrindo caminho por entre os sedimentos de aluvião de uma barra, entrou no mar em "hora estreita" - imagino eu que de maré alta - e morreu afogado. Talvez tenha batido a cabeça nas pedras, turvando a água com seu sangue. Gostei do título "Barra" porque também remete ao verbo "barrar". Vejam aí se eu não estou viajando muito, hein? Abraços.
BOA.
ResponderExcluirPlease, quem escreveu BOA???
ResponderExcluirAmigos, concordo com o Dante. Acrescentaria que "por aqui" pode ser qualquer lugar. Quando por destempero ignoramos a nossa volta, perdemos sonhos, possibilidades de encantamentos (ao som de nenhuma sereia).
Anna Amorim