25 de setembro de 2009

Levedura de Cerveza

Era um saco cheio de palavras, só e nada mais
Curioso, alguém intenso e corajoso abriu
Surpresa! Quase por inteiro ele sorriu
De dentro amontoadas, as letras mudas, nunca iguais

Um tal de A, um B, um C, várias vogais
Era tanta letra que do saco dava um barril
Juntando uma coa'outra e outra co'uma ele pariu
Uma palavra, uma frase, um conto, letras demais

Um acadêmico diria: isso tem de estar nos anais
Um lunático afirmaria: cadê palavras, tudo sumiu
O escritor escreveria: nada disso, você que nao viu!
E o aprendiz revelaria: são só palavras e nada mais

[Marcos RoMa]

Um comentário:

  1. Cara, estou criando um certo receio de fazer parte desse grupo... é sério...
    A brincadeira com as palavras, sons e aliterações, está tão bem feita que é possível perceber a leveza do poema, tanto nos seus apectos visuais, quanto sonoros e de idéias... bom!

    Tiago Araújo

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